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Arquitetos: Stamberg Aferiat
- Área: 102 m²
- Ano: 2010
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Fotografias:Paul Warchol
O Pavilhão de Shelter Island deu aos arquitetos uma oportunidade de trazer suas influências, inspirações, aspirações e anos de projeto arquitetônico em um único lugar com apenas suas ideias e seu próprio orçamento para definirem os limites. "Escolhemos projetar se valendo es inspirações específicas tais como o Pavilhão Barcelona de Mies van der Rohe, a Catedral de Ronchamps de Le Corbusier, e a Cadeira Wassily de Marcel Breuer".
Essas obras foram inovadoras e verdadeiramente prescientes; cada uma delas foi concebida em parte como uma predição do futuro da produção e construção industrializada. Mantendo a planta baixa do Pavilhão Barcelona em mente, os arquitetos projetaram uma casa que explora a realidade dos materiais produzidos industrialmente e os métodos contemporâneos de construção. Diferente do Pavilhão Barcelona que utilizou materiais exóticos para a época, aqui foi escolhido utilizar materiais mais comuns mas a surpresa está no seu emprego, escolha da pigmentação e detalhes.
Os cubistas procuravam além da visão mecânica de como o olho enxerga e empregaram a habilidade do cérebro de lembrar e antecipar, permitindo que se possa tomar uma série aparentemente desconexa de fenômenos, mas ainda tem o todo fazer sentido. A plasticidade crescente de materiais de construção leves nos permite algumas características delicadas dos cubistas e, simultaneamente, evocar as imediações de forma integrada, assim como os estados de sonho de arquitetura - o telhado pairando, transparências entre dentro e fora, e paredes que não são paredes.
Os avanços tecnológicos expandiram as paletas disponíveis através do aumento da intensidade de cor, efeitos óticos e aplicações. Sir Isaac Newton observou os diferentes comportamentos da cor criada com pigmento e cor criada com luz. Os impressionistas e Fauves experimentaram com os princípios Newtonianos criar efeitos de luz com pigmentos. Esses experimentos redefiniram os pensamentos de como as cores se relacionam umas com as outras. Guiados pela teoria da cor de Newton, a intensa paleta de cores da casa permite a passagem de luz refletida altamente colorida pelas paredes transparentes, preenchendo espaços com um agradável brilho.
Além dos rigorosos estudos de teoria de perspectiva e cor, métodos e materiais sustentáveis tiveram um papel fundamental na formatação do projeto. Primeiramente e mais importante é o tamanho do projeto. Em tempos onde uma nova casa se esforça para maximizar sua metragem quadrada, os arquitetos conscientemente mantiveram o limite da metragem em dois pequenos blocos de 102 m². A casa é projetada para todas as estações com o uso de espaços e de áreas condicionadas moduladas com base nas estações do ano. Seu uso mais intenso é no verão.
Grandes portas de correr permitem que as funções internas fluam para as varandas e jardim durante o verão, quando se deseja espaço extra e o espaço interno condicionado é raramente utilizado. O oposto ocorre no inverno, onde o estar ocorre num espaço interno muito menor. A casa é uma das primeiras casas de Shelter Island a usar aquecimento e resfriamento geotérmico. Mesmo assim, é raramente utilizado nas estações mais quentes graças aos elementos de desenho passivos incorporados na arquitetura.
Paredes sólidas no lado sul e oeste do edifício bloqueia o sol intenso do verão enquanto, do chão ao teto, paredes duplas de policarbonato translúcido permitem a luz proveniente do norte e leste entrar no ambiente, assim como permitindo um índice muito maior de calor, quando comparado ao vidro tradicional. Grandes portas de correr e janelas são cuidadosamente posicionadas para aproveitar a brisa marítima vinda do leste e oeste, e que resfria os ambientes. Uma grande cobertura num semi-balanço fornece a sombra necessária para o interior do pavilhão, além do espaço de abrigo ideal para lazer externo.